quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quero ser como um PATO!


Bom, eu sei que não tenho sido um blogueiro muito fiel, mas desde que eu voltei da Estônia eu realmente não tenho tido muito tempo pra net, quem me acompanha pelo msn já percebeu há quanto tempo eu não entro...=\ mas para ser sincero o meu computador deu pau, não sei se foi vírus, se lotou ou se deu problema mesmo, só sei que quebrou e eu estou relutando para não conserta-lo,pois tenho me sentido um pouco mais livre, tenho arrumado tempo para ler, ficar com a minha família, buscar a Deus e estudar um pouco.
Acho que eu nunca escrevi isso aqui, mas eu voltei da Estônia muito bem! Deus tem aberto muitas portas para mim e eu tenho tido a oportunidade de dar meu testemunho tantas vezes quanto minha garganta permite, mas quem realmente acompanha o blog sabe mais sobre a minha viagem do que quem assiste uma mensagem minha!
Eu sinto muita falta daquele lugar, daquelas pessoas, não tem um dia sequer que eu não lembre delas, não lembre do cheiro daquele lugar, não lembre das lições, da vida espiritual, das músicas, das danças, dos corações que nós tocamos e tivemos que deixar por lá... Meu coração chora por aquele lugar e outro dia eu ouvi uma música da Brooke Frase, chamada Albertine, que ela fez para Ruanda, essa música que exprime meus sentimentos, eu me fixei em uma frase e adaptando para a minha realidade estoniana seria mais ou menos assim: “Lá nos seus olhos o que eu não vejo com os meus olhos, Estônia, agora que te vi, EU SOU RESPONSÁVEL...”.
Essa música me machuca e me mata de dor e sofrimento,eu choro muito escrevendo isso aqui porque é isso que eu tenho sentido esse tempo todo, e não, NÃO é uma dor ruim, é algo que eu tenho necessidade de sentir, então não precisa ficar com pena ou preocupado comigo, porque sentir essa dor me faz sentir humano, me faz sentir sensível, me faz sentir mais perto de Deus.
Eu não sei por que, mas eu tenho patos, um macho e duas fêmeas e como alguns de vocês sabem uma delas chocou 16 ovinhos e nasceram 16 patinhos lindos, e observando eles, Deus me revelou como Ele gostaria de andar comigo, os patos seguiam a sua mãe sem olhar para onde iam não se importavam em entrar na mata fechada ou pular de um precipício, eles só tinha um objetivo: Seguir a sua mãe.
Eles também eram unidos, de uma forma louca andavam sempre juntos, não importava como, se um ficasse pra trás todos paravam e esperavam, mas eram patos! Como eles podem ter essa noção de união e amor tão forte? E por mais que eles esperassem o perdido, eles nunca perdiam a mãe de vista, e corriam desesperados, piando, buscando as asas da mãe, buscando abrigo, direção e segurança.
Esses patos cresceram, foram ficando independentes, até que um pulou o muro, caiu e sumiu. 2 resolveram vir para o terreno de baixo, e a chihuahua da minha avó comeu os dois, o terreno aonde eles estavam não era o mais preparado, era um terreno de entulhos aqui do lado da minha casa, uns se feriram porque foram tentar caminhar por onde a mãe não tinha ido e bom, pra resumir todos morreram, menos um, e de vez em quando, eu olho pela janela e vejo ele sempre do lado da mãe, sempre...