eu aperto os meus olhos e sorrio.
Luto fortemente contra a vontade de vomitar,
meu estômago chora, assim como o meu peito.
Luto contra minhas vontades.
Vontade de correr, de chorar, de gritar.
Nunca achei que teria que fazer mais do que palavras,
era tão lindo na teoria.
Mas enxergo felicidade na oportunidade da dor.
Decido tentar.
Começo a ficar tonto.
Mas não tenho como voltar atrás.
Penso em Deus, penso no Homem, penso no Bicho
e na tristeza que se faz com essa confusão.
Eu penso que deveria estar cheirando flores,
e percebo que já estou.
Cheiro flores de morte, morte dos sonhos.
Descubro que o cemitério é invertido.
E como fred Aistaire observo tudo de cabeça para baixo,
e ao contrário as coisas começam a fazer sentido.
A morte caminha sobre nós,
pisando agora sobre aonde eu estou,
sem imaginar o que eu vivo nesse instante.
Debaixo da oportunidade,
debaixo do sonho,
debaixo da pós modernidade,
debaixo de um viaduto.
Meus olhos ainda ardem e então eu penso:
O que eu vivo agora?
Ela levanta seus olhos e diz que sente muita raiva,
muita mágoa e que acabou de enfiar uma faca nela.
Ele chora e pede que eu peça por ele. Não quer perder mais um dedo, já tem sido bem difícil sobreviver inteiro.
Inteiro?
Quem ali está inteiro?
Eu?
Eu choro.
Eu ando pela rua e espero o sinal abrir.
Pra onde eu vou?
O que eu vivo agora?
Nada.
Nada perto do que eu deveria viver.
Deus me ensina por favor,
o significado da palavra AMOR.